O açúcar é um poderoso adoçante que se tornou para muitos um veneno necessário, mas o açúcar faz mal à saúde. Não afeta apenas os diabéticos, também afeta o cérebro, os vasos sanguíneos ou até mesmo o coração. O consumo de açúcar nas suas mais variadas formas é um vício diário na dieta da maioria das pessoas.
É adicionado ao café e chá, está nos bolos, bolachas, compotas, pães, snacks, cereais, sumos e refrigerantes. No dia-a-dia qualquer pessoa consome uma grande quantidade de açúcar e às vezes sem saber. Não apenas os alimentos mais óbvios estão carregados de açúcares, mas outros alimentos prontos contêm também quantidades ocultas de açúcar, como molhos, produtos enlatados, salsichas, lacticínios etc.
Fazer um consumo abusivo do açúcar é prejudicial para a saúde e não só porque faz engordar mas pelos efeitos negativos que pode causar, como cancro, hipertensão, colesterol alto, inflamação, entre outros, alertam os estudos.
Porque é que o açúcar faz mal à saúde?
O consumo excessivo é como um veneno. Estes são os malefícios do açúcar para o corpo humano:
- Enfraquece o sistema imunológico, tornando-o vulnerável às doenças
- Fornece unicamente calorias “vazias”, isto é, sem nenhum valor nutritivo
- Uma dieta rica em açúcar geralmente está associada com a obesidade e os problemas de saúde associados com ela
- Os alimentos ricos em açúcar, costumam ser também na sua maioria, ricos em gorduras saturadas e trans que, não só favorecem o aumento de peso como as doenças cardiovasculares
- O açúcar acumula-se no corpo sob forma de gordura contribuindo para o excesso de peso
- Os produtos ricos em açúcar causam picos de glicose acompanhados depois de picos de insulina, provocando quebras de energia, que induzem a comer mais, criando depêndencia
- O açúcar é um ladrão de algumas vitaminas do complexo B, principalmente da vitamina B1, vitamina B2, vitamina B5, essenciais ao organismo,
- É suspeito de causar hiperatividade nas crianças
- Promove as cáries dentárias
- É o alimento preferido das células cancerígenas
- Aumenta a inflamação, causando doenças das artérias e agravando doenças reumatológicas
- Provoca o envelhecimento prematuro da pele
Por tudo isto o açúcar deve ser um alimento proibido, bem como os alimentos açucarados, pois possuem um índice glicémico elevado, que conduzem ao aumento rápido da glicose do sangue, que por sua vez, faz libertar a insulina. Esta hormona estimula a fome e a consequente vontade de comer, contribuindo para o aumento de peso e para uma má saúde.
O açúcar engorda
Uma alimentação rica em alimentos refinados, nomeadamente produtos feitos com farinhas brancas e enriquecidos com açúcar engordam porque o açúcar afeta o nível de açúcar no sangue e rapidamente se transforma em gordura e esta acumula-se especialmente na região abdominal e na cintura, as mais perigosas para a saúde.
Quem continua a fazer uma alimentação rica em açúcar, o corpo não pode queimar a gordura que tem acumulada, portanto, é preciso fazer uma dieta pobre em açúcar e também em frutose, mas com fontes de hidratos de carbono saudáveis, gorduras boas e proteínas em combinação com a prática de exercício físico para poder reduzir esta gordura.
Sem energia e sem força – a culpa tem o açúcar!
Quem sente falta de energia e está sem força, é muito provável que o doce veneno seja o culpado. O cansaço persistente e a falta de energia pode ser uma indicação clara de que está a consumir uma alimentação com demasiado açúcar ou alimentos refinados.
Embora o açúcar e os hidratos de carbono refinados possam dar um empurrão de energia momentânea logo após a sua ingestão – os conhecidos “picos de açúcar” – mas depois esta energia cai rapidamente.
Assim, começa um círculo vicioso que leva a pessoa a comer para ter energia rápida. O açúcar provoca a sensação de bem-estar e quanto mais come mais precisa, criando assim, dependência. A solução para acabar com este ciclo vicioso é ingerir lanches saudáveis que satisfaçam e forneçam energia sem elevar os níveis de açúcar no sangue.
Como reduzir o consumo de açúcar
- Diminuir o açúcar do café, ou substitui-lo por adoçantes (preferentemente naturais)
- Beber água em vez dos refrigerantes ou sumos industriais
- Dar preferência aos iogurtes naturais
- Optar pelos cereais sem açúcar (ler os rótulos)
- Os rótulos dos alimentos listam a quantidade de açúcares adicionados apenas em gramas, mas seria mais explícito para o consumidor se fosse em colheres de chá. Neste sentido 1 colher de chá de açúcar equivale a 4,2 gramas; 5 colheres de chá a cerca de 20 gramas, 12 colheres de chá a cerca de 50 gramas…
- Evitar, ou pelo menos reduzir, o consumo de bolos, bolachas e todo o tipo de guloseimas e alimentos processados
- Desabituar-se do sabor doce, o paladar pode ser reeducado
O açúcar, que o organismo necessita, deve proceder dos hidratos de carbono complexos, como o pão integral, cereais, arroz, fruta e vegetais. Estes alimentos liberam os seus açúcares de forma lenta e gradual na circulação sanguínea, o que vai permitir, manter estável a glicémia e impedir a subida da insulina, o que é importante para manter a sensação de saciedade por muito mais tempo.
Origem do açúcar
A humanidade viveu durante milhares de anos sem necessitar utilizar este adoçante. Só a partir da segunda metade do séc XIX é que o açúcar começou a fazer parte dos hábitos alimentares das pessoas. Até então era um artigo de luxo, de uso exclusivo das classes sociais altas.
Naquela época o consumo de açúcar era de 2 a 3 kg por pessoa ao ano. Após a segunda guerra mundial, com o desenvolvimento da industria alimentar e o aumento dos produtos refinados o seu consumo aumentou de forma drástica.
Atualmente cada pessoa consome cerca de 30 a 40 kg por ano, o que corresponde a cerca de 20 saquetas de açúcar por dia, que equivale a 500 calorias extras. Se não queimar estas calorias, através do desporto ou do trabalho, em menos de um mês pode chegar a engordar 1 kg.
Açúcar escondido nos alimentos
O açúcar está presente em quase tudo, não só no açucareiro de mesa, ou o que adicionamos ao café ou então nos alimentos óbvios, como os sumos e refrigerantes, como o açúcar que tem a Coca-Cola, e ainda nos doces, compotas, chocolate, bolos, tartes, biscoitos, e também no ketchup, sopas embaladas, molhos enlatados, no pão, nos cereais do pequeno almoço (até nos ditos saudáveis, como os integrais), nos iogurtes e em quase todos os alimentos pré-cozinhados.
Até mesmo nas barritas de cereais, com o apelativo de “muito saudáveis”, contêm diferentes tipos de açúcar. São poucos os produtos embalados em cuja composição não entre o açúcar. Está oculto, disfarçado com outros nomes. É só ler os rótulos dos alimentos para poder ver e surpreender-se do açúcar que contém determinados produtos, que nem imaginaria. Procure nos rótulos os açúcares adicionados indicados em gramas, e saiba que uma colher de chá de açúcar equivale a 4,2 gramas, a partir de aqui é só fazer contas.
Neste sentido, nasceu iniciativas para alertar e consciencializar as pessoas, como o site Sinazucar.org (embora em espanhol, mas as imagens falam por si!), onde podemos ver e consultar, a grande maioria de alimentos embalados que encontramos no supermercado, cada imagem do produto vem acompanha com a quantidade de turrões de açúcar. Assim, sabemos o açúcar que contém, por exemplo, um iogurte bifidus magro contém 4 torrões de açucar.
Os vários nomes do açúcar
Para suavizar o impacto da palavra “açúcar” muitos fabricantes começaram a chamá-lo com outros nomes, como sacarose, glucose, fructose, lactose, galactose, dextrose, xarope de glicose, mel, melaço e, outros mais, com a intenção de não preocupar o consumidor. Todos estes açúcares são açúcares industriais que causam obesidade e outros problemas de saúde, já mencionados.
O açúcar é basicamente 100% um hidrato de carbono refinado, sendo constituído por 99% de sacarose, substância com um elevado poder adoçante, e por isso, muito usada pela industria alimentar. Outras variedades de açúcar são o amarelo ou mascavado, a diferença em relação ao branco radica no grau de refinação, mas que provocam no organismo os mesmos efeitos nefastos que o branco. Por isso ninguém que se engane e pense que o açúcar integral é menos prejudicial ou que engorda menos.
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